Com muita felicidade, venho inaugurar a primeira edição do Mago Zine! Este é um projeto que estou executando há tempos, mas que se tornou mais nichado e elaborado à medida que cresci. Desde muito pequena, eu tenho muito contato com a tecnologia, o que me despertou diversas ideias e vontades a serem concretizadas no mundo virtual.
O meu maior combustível para a criação desse blog/site/revista digital foi o perceptível empenho da comunidade do Neocities em desenvolver websites extremamente criativos. Eu me inspirei em suas vontades, em seus protestos e seus projetos e decidi trazer minha contribuição para este maravilhoso site. Meu plano é estudar (e publicar aqui) formas de fazer sites interessantes.
Mas, afinal, qual a importância de sites pessoais? Aqui entra a voz de Yesterweb ou sadgrl.online, que manifestam a necessidade de tornar a internet de pessoas para pessoas, negando (ou evitando) o seu uso que atualmente é feito por corporativas. Em termos simples (o problema é bem maior), nossas vidas estão sendo armazenadas, calculadas e previstas com o objetivo de que as empresas possam vender mais! Cansados dos anúncios, das publis, da monetização, exploramos o DIY (Do-It-Yourself). Nossos próprios websites e softwares open-source, que possuem origens e desenvolvimento transparentes prezando pelo bem do usuário.
É o caso também de outra aliança extremamente interessante que tive a oportunidade de conhecer por meio da itch.io (plataforma onde desenvolvedores independentes publicam jogos), onde um de seus membros discute a importância de retornar ao "retrô" e abandonar as redes sociais modernas.


Nesta edição...

A capa desta edição é inspirada em um aquário com símbolos importantes. Iremos dividi-los em partes para entendê-lo:

  1. O plano de fundo: um museu, em branco, meio sem graça.
  2. O anjo: posicionado no canto inferior direito
  3. Os peixes: como num absurdo, nadam em um museu
  4. A chuva: chuva? Dentro de um museu?

O grande objetivo destes elementos era apresentar um Museu dos sonhos. Como museu em branco, como uma tela esperando ser pintada, a Internet é uma preciosa ferramenta para a arte. E é aí que entram os absurdos: os peixes, que na vida real só nadam na água, nadam no céu junto aos anjos, em um museu. E tanto faz os limites do mundo real, porque eu criei mundo virtual.


Explicações adicionais
(Log 19/06/2022)

"Ao posicionar o anjo (uma escultura no cenário, para deixar claro que era um museu), percebi como a configuração poderia parecer um sonho. De lá, decidi mudar a ideia para “Museu dos sonhos”, pensar na Internet como um centro onde tudo que você imaginasse (e sonhasse) poderia acontecer"
"Para reforçar a imagem surreal, decidi colocar nuvens, peixes e uma mulher flutuando (nadando?) no ar. " [A mulher flutuando foi posteriormente retirada do projeto]
"Como as matérias a serem apresentadas estariam falando de como a internet tem potencial importante para expressar-se de forma profunda (pouco superficial), pensei em apresentar a revista como um 'blank canva' repleto de colagens. "